- Cheque representa 0,5% das operações financeiras de pagamento no país
- Brasileiros demoram a fazer plano financeiro para aposentadoria
- A Era dos Relacionamentos: os impactos da geração da desconexão conectada
- Como criar uma comunidade corporativa: primeiros passos
- Centerbox adquire Ismael Supermercados e amplia presença no Ceará
Como criar uma comunidade corporativa: primeiros passos
24 de janeiro de 2025*Por Jen Medeiros
Criar uma comunidade corporativa é um processo estratégico que pode trazer inúmeros benefícios para uma organização, como o fortalecimento do senso de pertencimento, fidelização à marca, troca de conhecimentos e promoção da inovação. Contudo, construir e manter uma comunidade requer planejamento, alinhamento com os objetivos da empresa e um compromisso constante em nutrir os relacionamentos dentro dela.
O primeiro passo para criar uma comunidade corporativa é identificar o objetivo principal que ela irá atender. Isso pode incluir melhorar a colaboração entre departamentos, fomentar a inovação ou até mesmo engajar clientes e parceiros externos. Ter uma clareza sobre o objetivo ajuda a definir o escopo da comunidade, bem como os recursos necessários para sustentá-la. Por exemplo, uma comunidade voltada para a inovação pode incluir workshops criativos, hackathons e canais digitais de brainstorming, enquanto uma comunidade focada em bem-estar pode promover eventos de mindfulness, atividades físicas e discussões sobre saúde mental.
Após definir o objetivo, o próximo passo é identificar quem fará parte da comunidade. O público pode ser interno, como colaboradores de diferentes áreas, ou externo, incluindo clientes, fornecedores ou até mesmo outras organizações parceiras. Portanto, entender as necessidades e interesses desse grupo é essencial para criar um espaço que realmente agregue valor. Ferramentas como pesquisas internas, entrevistas e análises de dados ajudam a compreender as expectativas dos potenciais membros da comunidade.
Uma vez definido o objetivo e o público, é necessário estabelecer uma estrutura para a comunidade. Isso inclui determinar quais serão os canais de comunicação, os formatos de interação e os responsáveis pela gestão da comunidade. Plataformas digitais, como intranets, aplicativos de mensagens ou redes sociais corporativas, são frequentemente utilizadas para facilitar a interação, mas encontros presenciais ou híbridos também podem ser uma opção valiosa. É importante garantir que a comunidade tenha um propósito claro e um plano de ação inicial, com metas e atividades bem definidas.
Outro ponto crítico na criação de uma comunidade corporativa é o engajamento dos participantes. Para que a comunidade seja viva e relevante, é fundamental que seus membros sintam-se motivados a participar ativamente. Isso pode ser alcançado com a criação de conteúdos interessantes, reconhecimento das contribuições individuais e oportunidades de aprendizado e crescimento. Líderes, gestores ou facilitadores podem desempenhar um papel importante nesse aspecto, promovendo discussões, organizando eventos e garantindo que todos se sintam incluídos.
É essencial contar com o apoio da liderança da organização. Quando os líderes demonstram interesse e participam ativamente da comunidade, eles enviam uma mensagem clara sobre sua importância. Esse apoio pode se traduzir em investimento financeiro, alocação de recursos humanos ou até mesmo na incorporação da comunidade como parte da cultura organizacional.
Por fim, medir e ajustar o progresso da comunidade é uma etapa indispensável. O uso de métricas específicas, como número de participantes ativos, frequência de interações ou impacto nos objetivos organizacionais, ajuda a avaliar o sucesso da comunidade. Com base nesses dados, ajustes podem ser feitos para garantir que ela continue atendendo às necessidades dos seus membros e da empresa como um todo.
Por fim, criar uma comunidade corporativa é mais do que apenas implementar uma iniciativa. Trata-se de cultivar um ambiente onde as pessoas se sintam conectadas, valorizadas e inspiradas a colaborar. Quando bem estruturadas e alinhadas com os objetivos organizacionais, as comunidades corporativas têm o poder de transformar a maneira como as empresas funcionam e promovem o crescimento coletivo.
*Jen Medeiros é CEO da comuh, empresa precursora em oferecer serviços outsourcing de CaaS (Community as a Service). Possui mais de 12 anos de experiência em Criação e Gestão estratégica de comunidades, é professora da Descola e da Escola Britânica de Artes Criativas e voluntária no Uberhub Code Club. Criou e geriu as comunidades de startups da Bossa Nova, Beta-i Brasil e Nuvini (IPO Nasdaq), educacionais da EBAC e LeWagon, entre outras. Foi nomeada em 2022 e finalista em 2024 do prêmio Community Industry Awards como melhor profissional de comunidades B2B, e é fellow no programa On Deck Community Builders. Palestra desde 2016 sobre empreendedorismo, inovação, mulheres na tecnologia e gestão de comunidades, em eventos como TedX, Startup Summit, CASE, entre outros.
- Cheque representa 0,5% das operações financeiras de pagamento no país
- Brasileiros demoram a fazer plano financeiro para aposentadoria
- A Era dos Relacionamentos: os impactos da geração da desconexão conectada
- Como criar uma comunidade corporativa: primeiros passos
- Centerbox adquire Ismael Supermercados e amplia presença no Ceará
POST YOUR COMMENTS