Por Pedro Paulo Morales

A Geração Z traz uma nova perspectiva sobre a liderança. Diferente das gerações anteriores, que buscavam ascender na hierarquia e acumular poder, os jovens de hoje estão mais preocupados em equilibrar vida pessoal e trabalho, além de encontrar um propósito no que fazem. Eles cresceram ouvindo seus pais reclamarem de ambientes corporativos cheios de estresse e competitividade, e isso os leva a rejeitar o modelo de liderança tradicional, onde o foco principal é o resultado. Não é que a Geração Z não queira ser líder — eles querem, sim, —, mas o que não aceitam é carregar o fardo de estresse, mau-humor e problemas de saúde mental que observaram em muitos líderes atuais.

Claro, não se pode colocar toda a culpa nas gerações anteriores. A Geração Z, sendo nativa digital, está acostumada com soluções rápidas, mas o processo de trabalho exige paciência. Nem tudo se resolve com um clique ou uma resposta instantânea. O sucesso na vida profissional é um processo de amadurecimento, de reflexão e de avaliar possibilidades antes de tomar decisões.
Um exemplo claro de que a juventude está cada vez mais ansiosa veio durante minha visita ao Mundo Pixar. Vi um grupo de crianças que, ao passar rapidamente pelos cenários dos filmes, se esquecia de aproveitar a experiência completa. Isso me fez refletir: como essas pessoas vão aprender se não conseguem analisar o que estão vendo ou sentindo?

Empresas que valorizam apenas resultados rápidos, pressionam por produtividade e deixam de lado o bem-estar, acabam afastando os jovens de cargos de liderança. Eles olham para isso e pensam: “Eu quero liderar, mas não desse jeito”. Muitos profissionais, na corrida por resultados imediatos, esquecem de aprender com o processo e de construir algo duradouro que realmente solucione os problemas.
Para conquistar a Geração Z, as empresas precisam mudar. É hora de criar ambientes mais colaborativos, com um propósito claro. Os líderes de hoje devem inspirar suas equipes, oferecendo oportunidades reais de desenvolvimento. Além disso, investir em tecnologias que aumentem a produtividade sem sacrificar a qualidade de vida é um caminho certeiro.

A verdade é que a Geração Z representa uma oportunidade única para empresas dispostas a evoluir. Ao entender e abraçar os valores dessa geração, as organizações podem construir um futuro mais sustentável e próspero. Afinal, ser um bom líder hoje exige mais do que apenas competência técnica — é preciso empatia, visão de longo prazo e, habilidade de inspirar os outros a fazer a diferença.Vamos refletir e sucesso!