Thursday, 24/10/2024 | 12:22 UTC-3
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CEOs influenciadores: setor já movimenta R$79 bilhões no Brasil

Brasil se destaca como um dos maiores mercados de redes sociais do mundo, ocupando a 3ª posição em consumo

Cada vez mais executivos estão utilizando as redes sociais para além do ambiente corporativo, compartilhando aspectos de suas rotinas pessoais e humanizando suas imagens. Essa estratégia tem se mostrado eficiente na aproximação com o público. Especialistas apontam que as pessoas se conectam mais com indivíduos (CPF) do que com empresas (CNPJ), e essa interação direta pode ser uma poderosa ferramenta de marketing para fortalecer tanto marcas pessoais quanto empresariais.

O Brasil se destaca como um dos maiores mercados de redes sociais do mundo, ocupando a 3ª posição em consumo. Segundo uma pesquisa da Nielsen realizada em 2022, o país é o segundo com o maior número de influenciadores digitais. Outro estudo, da Getty Images, revelou que 65% dos brasileiros preferem consumir conteúdo de marca no formato de vídeo, evidenciando a relevância desse tipo de mídia nas redes. Em 2022, o setor de marketing de influência movimentou R$79 bilhões no Brasil.

“Executivos que desejam usar as redes sociais como parte de sua estratégia de branding devem priorizar a autenticidade e a consistência. Mostrar o dia a dia real da rotina empresarial, com seus altos e baixos, é essencial para criar uma conexão genuína com os seguidores.”, menciona a especialista em marca pessoal e redes sociais, CEO da Branding Digital, Brenda Lezie.

Brenda Lezie, CEO da Branding Digital

Já a pesquisa “Quem te influencia?”, realizada pela MindMiners em parceria com a YOUPIX, explora o impacto dos influenciadores digitais nas decisões de compra e nas percepções de marca. O estudo, que entrevistou mais de 3 mil pessoas, revelou insights sobre a confiança e o engajamento do público com influenciadores, fornecendo dados valiosos para marcas que desejam investir em marketing de influência.

Entre os principais achados, 53% dos entrevistados afirmam confiar nas recomendações de influenciadores, e 6 em cada 10 seguidores já compraram um produto ou serviço com base nessas sugestões. Além disso, 51% do público lembra mais de campanhas publicitárias que envolvem influenciadores. O estudo também aponta os perfis mais seguidos e como o público se conecta com esses criadores, destacando as categorias e regiões de maior relevância.

Fonte: MindMiners

CEOs que lideram pelo exemplo: a conexão entre CPF e CNPJ nas redes sociais

Flávio Augusto da Silva, Fundador da Wise Up, conta com mais de 6 milhões no Instagram. As temáticas do executivo transitam entre empreendedorismo, liderança e educação, inspirando seus seguidores a buscar independência financeira e sucesso nos negócios. Ele compartilha sua própria trajetória de sucesso e insights sobre o mundo dos negócios, frequentemente com um tom motivacional.

Já Carol Paiffer, CEO da Atom S/A, com aproximadamente 1,6 milhão no Instagram, fala sobre investimentos e educação financeira, Carol ensina seus seguidores a investir de forma consciente e a crescer no mercado financeiro. Investidora do programa Shark Tank Brasil, ela combina sua visibilidade na TV com um forte conteúdo nas redes sobre como se destacar no mundo dos negócios.

Pedro Gazzola, CEO da Roda Digital, com mais de 65 mil seguidores no Instagram, é um exemplo de executivo que soube integrar o conteúdo pessoal com o profissional nas redes sociais. Ele compartilha aspectos do seu dia a dia de forma natural e descontraída, criando uma conexão autêntica com o público.

Outro nome de destaque é Joyce Rocha, CEO da marca de moda feminina Y. Com quase 300 mil seguidores, ela mistura sua trajetória empresarial com postagens que mostram sua rotina pessoal, transmitindo uma imagem verdadeira e transparente. Para ela, o sucesso nas redes está em ser genuína e compartilhar os desafios e conquistas da vida como empreendedora.

“O crescimento de CEOs nas redes sociais reflete uma tendência poderosa: os líderes não apenas promovem suas empresas, mas também se tornam exemplos de sucesso e inspiração, criando uma conexão direta com milhões de seguidores”, destaca Lezie.

O papel dos CEOs influencers vai além da visibilidade externa; ele impacta diretamente a motivação e o engajamento dos colaboradores. “Quando um líder se torna influenciador, compartilhando suas ideias e valores nas redes, ele estabelece uma conexão direta entre a cultura da empresa e seus profissionais. O CEO fica mais acessível a todo mundo e, portanto, representa possibilidades reais de acesso e oportunidades. Esse engajamento gera um clima de inovação e colaboração, onde os profissionais se sentem mais conectados à visão da empresa, o que aumenta a produtividade e o desejo de contribuir para o sucesso coletivo.”, menciona a especialista em RH, psicanalista e Presidente do Ipefem, Ana Tomazelli.

Ana Tomazelli, especialista em RH, psicanalista e Presidente do Ipefem

Dicas para CEOs nas redes sociais

  1. Autenticidade: compartilhe a verdade sobre sua rotina, sem criar uma imagem artificial.
  2. Conteúdo em vídeo: com o vídeo sendo o formato preferido pelo público, este é o meio ideal para criar conteúdos mais impactantes e engajadores.
  3. Interação com o público: responda e se envolva com seus seguidores, criando um relacionamento mais próximo e autêntico.
  4. Regularidade: Mantenha uma frequência de postagens para engajar e manter a atenção do público.
  5. Comunicação eficaz: invista em habilidades como linguagem corporal e locução para transmitir melhor sua mensagem.

Autenticidade como diferencial

Embora o mercado de influenciadores esteja saturado, como apontam 62% dos entrevistados, ainda há espaço para aqueles que conseguem estabelecer uma conexão autêntica com seu público. Quase metade dos usuários (45%) afirma que prefere seguir influenciadores que se parecem com eles, reforçando a importância da identificação pessoal e da autenticidade.

“No ambiente corporativo, executivos que equilibram suas responsabilidades de gestão com uma presença ativa nas redes sociais estão à frente de uma tendência crescente. Ser um CEO influenciador fortalece a marca pessoal e contribui para o crescimento e reconhecimento das empresas que lideram.”, finaliza, Brenda Lezie.

80% dos internautas seguem influenciadores nas redes sociais

De acordo com o Relatório Marketing de Influência 2024, elaborado pela Opinion Box e Influency.me, 80% dos internautas seguem influenciadores nas redes sociais. A maior parte dos seguidores é composta por mulheres (84%) entre 16 e 29 anos (89%), e o Instagram é a plataforma mais popular (91%), seguida por YouTube (54%) e Facebook (30%).

Os seguidores se interessam por influenciadores que abordam temas de interesse pessoal e demonstram expertise no assunto (65%). Carisma e simpatia são outros fatores decisivos, enquanto a aparência física tem pouca influência, sendo mencionada por apenas 7% dos entrevistados.

Por outro lado, 56% dos usuários deixam de seguir influenciadores devido à queda na qualidade do conteúdo, e 44% mencionam o excesso de postagens patrocinadas como razão para abandonar perfis. Apesar disso, o impacto das recomendações de influenciadores é significativo: 69% dos entrevistados afirmaram já ter feito compras com base em indicações, especialmente de cosméticos, roupas e cursos.

Brenda Lezie
Com mais de 50 mil seguidores nas redes sociais, Brenda é fundadora e CEO da Branding Digital, uma agência de marketing 360º especializada em estratégias personalizadas para alavancar marcas e negócios. Com uma trajetória inspirada pela mãe, também empreendedora, Brenda construiu um império no mercado de marketing digital e hoje lidera iniciativas de capacitação para novos talentos. Além de empresária, ela é palestrante, mentora e apresentadora de um podcast voltado ao empreendedorismo, onde compartilha insights e conecta-se com grandes personalidades. Brenda se destaca como referência para empresários que desejam empreender e alcançar o sucesso em suas carreiras. Linkedin/Instagram.

Ana Tomazelli
Psicanalista e Presidente do Ipefem (Instituto de Pesquisas & Estudos do Feminino e das Existências Múltiplas), uma ONG de educação em saúde mental para mulheres no mercado de trabalho. Mentora de Carreiras, Executiva em Recursos Humanos, por mais de 20 anos, liderou reestruturações de RH dentro e fora do país. Com passagens pelas startups Scooto e B2Mamy, além de empresas tradicionais e consolidadas como UHG-Amil, Solera Holdings, KPMG e DASA (Diagnósticos da América S/A). Mestranda em Ciências da Religião pela PUC-SP e membro do grupo de pesquisa RELAPSO (Religião, Laço Social e Psicanálise) da Universidade de São Paulo, também é pós-graduada em Recursos Humanos pela FIA-USP e em Negócios pelo IBMEC-RJ. Formada em Jornalismo pela Laureate – Anhembi Morumbi.

MindMiners
A MindMiners é uma empresa de tecnologia que atua desde 2013 comprometida com a inovação para trazer soluções disruptivas para o mercado de consumer insights. Ao combinar pesquisa, tecnologia e inteligência de dados, a plataforma auxilia marcas dos mais diversos portes e segmentos a tomar decisões de negócio de forma eficiente a partir de dados confiáveis que traduzem o comportamento do consumidor. A companhia conta com um painel de respondentes proprietário e exclusivo, o MeSeems, que reúne mais de 5 milhões de pessoas de todo o país, elas compartilham ideias, preferências e rotinas, gerando um valioso banco de informações. Dentre os clientes que hoje integram a carteira da MindMiners estão Riachuelo, Vivo, BTG Pactual, Nestlé, Diageo e TikTok. Atualmente, conta com mais de 100 funcionários e almeja conquistar R$ 100 milhões em contratos até 2025. Saiba mais: https://mindminers.com/

Informações à imprensa:
Temma Agência | Relações Públicas e Marketing Digital

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