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Ceará terá oitavo maior envelhecimento do país, impulsionando ‘economia prateada’
10 de março de 2025
Geração prateada’ ganha 16,4% acima da média estadual e sistema financeiro amplia estratégias para atender esse público
Atualmente na 12ª posição entre os estados com maior população idosa, com 10,8% de pessoas acima de 65 anos, o Ceará deve saltar para a oitava posição desse ranking até 2070, chegando a 32,4%, segundo projeção do IBGE. A estimativa aponta que, para cada 10 pessoas em idade produtiva, haverá quase nove fora dessa faixa.
Apesar dos sérios desafios sociais trazidos com isso, os idosos estão entre os que têm hoje maior renda. Ainda de acordo com o IBGE, no Ceará, esse grupo recebe, em média, R$ 2.242 por mês – o terceiro valor mais baixo do país, mas ainda assim 16,4% acima da média estadual.
Esse poder aquisitivo impulsiona a chamada “economia prateada”, que abrange produtos e serviços voltados à terceira idade. Atualmente, esse segmento responde por 20% do consumo nacional, segundo o Sebrae, embora uma parcela significativa da renda dos idosos esteja comprometida com obrigações financeiras.
Diante desse cenário, instituições financeiras vêm ampliando estratégias para atender esse público crescente, combinando inovação tecnológica, serviços especializados e atendimento humanizado. No Sicredi no Ceará, por exemplo, 12% dos associados têm 60 anos ou mais.
Educação financeira e acesso ao crédito
Com foco nesse público, o Sicredi desenvolve iniciativas de educação financeira voltadas para o associado sênior, abordando temas como planejamento da aposentadoria, investimentos e proteção patrimonial. Os conteúdos são apresentados de forma acessível, considerando as particularidades dessa geração.
Outra frente de atuação são as linhas de crédito com condições diferenciadas, voltadas para necessidades específicas dos idosos, como adaptação residencial para acessibilidade, tratamentos de saúde, previdência privada e realização de projetos pessoais, como viagens, cursos e veículos mais modernos.
Segundo Ana Paula Medeiros, coordenadora do Ciclo de Crédito na Central Sicredi Nordeste, o processo de análise leva em conta a realidade financeira desse público. “Ao adotar uma política de relacionamento voltada a esse público, fortalecemos todo o sistema cooperativo”, afirma Ana.
Inclusão digital e atendimento personalizado
A inclusão digital também é um ponto-chave na relação dos idosos com as instituições financeiras. No Sicredi, recursos de acessibilidade são incorporados às plataformas digitais para garantir mais segurança e transparência no uso dos serviços bancários. Enquanto os bancos fecham suas agências, as cooperativas de crédito têm ampliado sua rede de atendimento presencial.
Conforme Erli Bandeira, consultor de Negócios da Central Sicredi Nordeste, a instituição oferece produtos como seguros de vida e saúde com coberturas ampliadas para essa faixa etária, bem como planos de previdência privada com condições diferenciadas para quem já está aposentado e busca complementar a renda.
“O envelhecimento populacional não deve ser visto apenas como um desafio, mas como uma oportunidade para desenvolver soluções financeiras mais inclusivas e sustentáveis”, destaca. “Nosso objetivo é contribuir para que a ‘geração prateada’ tenha autonomia financeira e qualidade de vida, participando ativamente da economia local”, conclui Bandeira.
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