Wednesday, 22/1/2025 | 9:56 UTC-3
Falando de Gestão

O que é ‘stealth firing’ e como isso pode afetar você

Por Pedro Paulo Morales

Na hora da demissão de um funcionário, um novo termo vem se destacando no mercado de trabalho, o “stealth firing”. Esse termo em tradução livre quer dizer demissão furtiva ou dispensa ética.

Esse modelo de demissão, onde as empresas procuram encaixar o motivo de demissão do funcionário sendo como descumprimento a alguma norma da empresa por mínima que seja tem sido muito usado pelas empresas como uma forma de encobrir demissões cujo motivo maior é o corte de custos ou despensas por outros motivos como, por exemplo, o baixo rendimento ou incompatibilidade entre o funcionário e líder ou valores da empresa.

Temos visto caso de empresas que estão demitindo por mau uso de vale-refeição, assistindo vários treinamentos em simultâneo, ou como de uma varejista que puniu com demissão vários funcionários que compraram copos térmicos com preços promocionais antes dos clientes. Todos esses atos estão errados e ferem as normas das empresas e muitas vezes até a ética.

Entretanto, muitas empresas, principalmente as empresas familiares, faziam “vista grossa” para atitudes que utilizavam recurso da empresa para benefício próprio como uma espécie de “bônus oculto” para o funcionário. Hoje, com as práticas de governança em evidência, essa atitude tem sido tratada com uma política de “tolerância zero” a esses comportamentos.

Esse modelo de demissão parece ser justo, porém as empresas devem usá-lo com cautela, pois muitas vezes o funcionário usou um recurso da empresa ou descumpriu um procedimento pressionado pelo chefe, para cumprir uma meta ou resolver um problema antigo e não é justo que uma pessoa que tomou essa atitude seja punida com demissão.

Muitas vezes o que está escrito em um procedimento ou manual de conduta não é o ideal para resolver todos os problemas, afinal o mundo corporativo é repleto de metas e objetivos conflitantes.

Sendo assim é preciso que empregadores e empregados reflitam sobre o motivo real de uma demissão analisando se o verdadeiro motivo de dispensa é falta de ética, baixo desempenho, descontentamento ou motivado pela situação econômica para evitar questionamentos na justiça que podem levar prejuízos para ambos os lados.

Encobrir os motivos de uma demissão ou procurar pequenos motivos para demitir não é uma boa política, pois onde há transparência há autenticidade e onde todos são autênticos ninguém sai perdendo.

Vamos refletir e sucesso!

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About

Pedro Paulo Galindo Morales é Tecnólogo em Gestão, Pós- Graduado em Controladoria e Técnico em Contabilidade.

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