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Ausência de comunicação e falta de reconhecimento: fantasmas do ambiente corporativo
24 de outubro de 2024Pesquisa da Robert Half revela quais são os maiores medos dos profissionais e as skills necessárias para contorná-los
São Paulo, outubro de 2024 — Com a chegada do Halloween, o clima de suspense parece ir além das fantasias e invade o ambiente corporativo. Segundo recorte da 29ª edição do Índice de Confiança Robert Half, que ouviu 774 profissionais qualificados, entre empregados e recrutadores, o medo, sentimento universal com o qual a data brinca, é mais presente no mercado de trabalho do que se imagina, e saber como lidar com ele pode ser crucial para o desenvolvimento saudável de carreiras e empresas.
Entre as pessoas empregadas, a maior fonte de preocupação identificada é a ausência de comunicação clara por parte da liderança, apontada por 47% dos entrevistados. Logo em seguida, a falta de reconhecimento (38%) e mudanças repentinas na direção da empresa (34%) figuram como outros fatores que geram apreensão no ambiente corporativo.
Além disso, 26% dos profissionais apontam o desequilíbrio entre vida pessoal e profissional como uma preocupação crescente, seguida pelos “fantasmas” do excesso de carga de trabalho e baixas oportunidades de desenvolvimento (24%).
De acordo com Fernando Mantovani, diretor-geral da Robert Half para a América do Sul, essas questões tendem a gerar um clima de insegurança que pode afetar o desempenho e a motivação da equipe, além de impactar a saúde mental. “Em um cenário de mercado aquecido e baixa taxa de desemprego, esses pontos devem ser observados de perto pelas empresas. Promover ambientes que valorizem o bem-estar, a transparência, o reconhecimento e permitam uma melhor conciliação entre as esferas pessoal e profissional é cada vez mais uma demanda dos profissionais qualificados”, explica o executivo.
10 maiores medos dos profissionais
Falta de comunicação clara da liderança |
47% |
Falta de reconhecimento |
38% |
Mudanças repentinas na direção da empresa |
34% |
Desequilíbrio entre vida pessoal e profissional |
26% |
Excesso de carga de trabalho |
24% |
Falta de oportunidades de desenvolvimento profissional |
24% |
Insegurança quanto à continuidade do emprego |
20% |
Pressão por resultados a curto prazo |
20% |
Conflitos com colegas de trabalho |
19% |
Feedback negativo inesperado |
13% |
Do lado dos recrutadores, o cenário é similar. Durante os processos seletivos, é possível analisar os receios que os candidatos carregam consigo, como a preocupação com a falta de oportunidades de crescimento (37%), insegurança quanto às habilidades técnicas (34%) e a ansiedade em relação à estabilidade do emprego (33%).
10 maiores medos identificados pelos recrutadores
Falta de oportunidades de crescimento |
37% |
Insegurança quanto às habilidades técnicas |
34% |
Ansiedade em relação à estabilidade do emprego |
33% |
Ansiedade relacionada à competitividade do mercado |
28% |
Medo de enfrentar um ambiente de trabalho tóxico |
27% |
Medo de não se adaptar à cultura da empresa |
27% |
Receio de não conseguir conciliar vida pessoal e profissional |
24% |
Receio de não atender às expectativas do empregador |
23% |
Medo de estagnação na carreira |
21% |
Outros |
3% |
Para superar esses medos e incertezas, tanto profissionais quanto recrutadores destacam a importância do desenvolvimento de habilidades essenciais. A inteligência emocional foi citada por 75% dos empregados e 69% dos recrutadores como a principal competência para lidar com as adversidades do trabalho.
Em seguida, aparecem habilidades como adaptabilidade e flexibilidade (51% dos empregados e 52% dos recrutadores) e comunicação eficaz (34% dos empregados e 38% dos recrutadores), que também se destacam como essenciais para navegar os desafios do ambiente de trabalho moderno.
“É preciso ter em mente que as soft skills que não estão em nosso DNA enferrujam rapidamente se não forem reforçadas. Por isso, exercitá-las e aprimorá-las com frequência é fundamental para que se mantenham firmes e fortes nas horas mais difíceis”, orienta o diretor-geral da Robert Half.
A pesquisa ainda aponta que, do ponto de vista dos recrutadores, competências como resolução de problemas (34%) e capacidade de aprender continuamente (29%) são igualmente importantes para que os profissionais possam enfrentar os medos que eventualmente surgirão ao longo de suas carreiras.
“Diante de um susto, seja na vida pessoal ou no trabalho, entrar em estado de alerta, sentir-se confuso e impotente é completamente comum. O que está ao nosso alcance, nesse caso, é aprender a lidar com essas sensações e seguir em frente. Não raramente, alguns profissionais trocam de empresas algumas vezes até perceber que a raiz da questão estava na dificuldade de lidar com a ansiedade inerente ao ato de trabalhar”, reflete Mantovani.
Sobre a Robert Half
É a primeira e maior empresa de soluções em talentos no mundo. Fundada em 1948, a empresa opera no Brasil selecionando profissionais permanentes e para projetos especializados nas áreas de finanças, contabilidade, mercado financeiro, seguros, engenharia, tecnologia, jurídico, recursos humanos, marketing e vendas e cargos de alta gestão. Com presença global e atuação na América do Norte, Europa, Ásia, América do Sul e Oceania, a Robert Half aparece em listas das empresas mais admiradas do mundo. A Robert Half é reconhecida, também, por seu compromisso de promover a igualdade e proporcionar uma cultura que apoia a diversidade.
Fonte: RPMA Comunicação
📷Pexels
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